José Saramago para todas as idades

No dia 16 de novembro de 2019 José Saramago completaria 97 anos. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998 Saramago deixou uma obra densa. Seus livros são, em sua maioria, direcionados para os adultos mas existem alguns textos dedicados aos pequenos que super valem a pena. Então lá vão as dicas:

1) Ensaio sobre a cegueira: Já escrevi sobre ele aqui e minha opinião continua sendo a mesma. Incrível, angustiante, inquietante. Em 2008 o livro foi adaptado para o cinema por Fernando Meirelles (eu não vi. Tenho bastante dificuldade de ver o filme depois de ler o livro).

2) Jangada de Pedra: ainda não li e por isso não vou deixar nenhum comentário sobre ele. Deixo, porém, uma promessa: vou ler em breve e escreverei sobre ele.

3) O lagarto: Primeiro lá vai uma explicação: tinha certeza que já tinha escrito um texto sobre este livro para o blog No alto das nuvens. Como não achei on-line (sabe-se lá o motivo) eu peguei o texto que achei que tinha publicado e aqui está ele.

“O que você faria se um lagarto enorme surgisse no meio da rua? Pois esse lagarto apareceu no Chiado e foi José Saramago quem contou. A obra O Lagarto tem tudo que uma história infantil tem que ter: fantasia, confusão e fadas. Muito legal. Aqui em casa, como acontece com todas as histórias boas, eu conto e reconto. Sempre achamos coisas incríveis que não havíamos percebido antes tanto na escrita (em português de Portugal) como na ilustração (xilogravuras lindas de J. Borges) passando, claro, pelo enredo da história que pode conduzir várias conversas a medida em que as crianças vão amadurecendo (e nós adultos também, não tenho dúvida disso)”.

4) O silêncio da água: Parece história de pescador. Talvez seja… talvez não seja. O fato é que o peixe que seria pescado era enorme! Será que esta pescaria deu certo?  A geografia apresentada é outra… afinal o contexto aqui é Portugal então o rio onde a pesca acontece é o Tejo. Há na obra um pouco das lembranças da infância do autor. Tem uma ilustração linda de Manuel Estrada e tem poesia… “Não creio que exista no mundo um silêncio mais profundo que o silêncio da água. Senti-o naquela hora e nunca mais o esqueci”.

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