Novembro é o mês da consciência negra, celebrado no dia 20. Esta é uma data dedicada a reflexão do negro na sociedade. Nesse contexto o racismo que ainda se faz presente na sociedade, mesmo que muitos neguem, é um dos temas que surge e que acaba por abarcar outros temas como desigualdade social e econômica e representatividade. Na literatura, e em muitos outros setores da sociedade, cada vez mais vemos a presença de autores negros nas prateleira com produções belíssimas. Então, lá vão algumas sugestões para você ler sozinho ou com as crianças. Porque, sim, temos livros para a família toda. Então lá vão 5 livros para os maiores e 6 para as crianças (e que podem e devem ser lidos pela família toda).
Para os adultos:
Na minha pele (Lázaro Ramos): Antes de tudo: sou muito fã do Lázaro. Então, ao ver este livro, publicado pela editora Objetiva, foi difícil não dizer ‘eu que quero’. Na época lembro de muita gente batendo foto com o livro no rosto. Na obra o autor parece que está conversando com o leitor. A linguagem é de fácil acesso e traz suas experiências de vida de um negro que cresceu no nordeste brasileiro. Quando vemos ele em cena podemos ter a impressão que foi fácil chegar lá mas nada é tão simples assim. Fiquei angustiada várias vezes por perceber o quanto tenho uma vida de privilégios mesmo sabendo que existem mais privilegiados ainda. Não foi a primeira vez que me dei conta disso (e infelizmente tenho a impressão que não será a última) mas sempre que percebo mexe comigo e fico pensando o que posso fazer para ajudar a mudar esta situação. Pensar que a chance de eu ou meus filhos serem parados na rua e confundidos com bandidos é pequena já dá uma dimensão disso. Enfim, necessário e fantástico… e agora, relendo para este post me dei conta que ele falou de um livro que eu li este ano e será a próxima sugestão.
O olho mais azul (Tony Morrison): um dos livros mais impactantes que já li. A autora foi uma das principais ativistas dos Estados Unidos, faleceu em 2019. O livro, publicado pela Companhia das Letras, conta a história da pequena Pecola e sua busca por um olho mais azul pois o que ela percebia era que tendo um olho mais azul sua vida seria feliz. Já escrevi sobre ele aqui .
O longo caminho para a liberdade (Nelson Mandela): Inspirador é a palavra para este livro. Longo mas fascinante. É uma autobiografia deste grande líder que lutou pelo fim do Apartheid em seu país. Suas lições valem como exemplo na busca de uma sociedade menos desigual. Foi publicado pela editora Nossa Cultura. Também já escrevi sobre ele.
Americanah (Chimamanda Ngozi Adichie): Ifemelu, uma jovem nigeriana, vai cursar universidade nos Estados Unidos na década de 1990 período em que seu país atravessa tempos difíceis. Nos Estados Unidos ela passa por situações bem difíceis e faz sucesso escrevendo em um blog sobre as dificuldades que enfrenta por ser negra. Sou bem suspeita para falar porque gosto muito dos textos da Chimamanda (aqui já falei de No seu pescoço). Na foto estou fazendo uma promessa: ler Meio sol amarelo em 2020 (é a segunda promessa que faço em público para o ano que vem). Todos eles foram publicados pela Companhia das Letras.
Também os brancos sabem dançar: Esse livro é demais! Digo isso porque eu poucas vezes li um livro tão musical (tive vontade de dançar em várias partes dele), alegre e denso (já falei sobre ele aqui). Ele toca em pontos fundamentais para os dias de hoje como migrações, xenofobia, racismo. A obra, publicada pela editora Todavia, aponta para o fato de que, por mais que algumas pessoas queiram, não há sociedade em que a cultura seja pura, intocada. Então o que vamos fazer com isso?
Para as crianças também existem leituras lindas para refletirmos n este mês (e sempre):
Obax (André Neves): com ilustrações belíssimas esta obra apresenta uma história africana sobre uma menina, Obax, que sonhava com o dia em que choveria flores. Uma publicação da Brinque-book.
Sulwe (Lupita Nyong’o): Muitas conversas podem surgir deste livro que é lindo! Uma menina que não gosta de sua aparência porque todos riem dela ou a deixam de lado.Como explicar isso para uma criança? Publicado pela editora Rocco pequenos leitores.
O caderno de rimas do João e o Caderno sem rimas da Maria: são dois livros do Lázaro Ramos produzidos junto com e para seus filhos e editado pela editora Pallas. Neles palavras como amizade e amor são explicados de um jeito bem divertido e que toca adultos e crianças.
Amoras (Emicida): Um livro para plantarmos primaveras (quem disse foi Sérgio Vaz na capa de traz do livro e eu super concordo). Ele apresenta personalidades negras que lutaram por um mundo melhor. A obra, publicada pela Companhia das Letrinhas, tem um glossário que explica melhor termos e traz um pouquinho mais da vida das pessoas citadas no texto. Tudo de uma maneira muito divertida.
A vida não me assusta (Maya Angelou): Este livro é uma poema desta autora fantástica que é Maya. Ele foi publicado pela Darkeside books, e questiona o que te dá medo nessa vida? É lindo! E se os adultos tiverem vontade de ler Maya Angelou já escrevi sobre um deles aqui.
Para os adultos:
Na minha pele (Lázaro Ramos): Antes de tudo: sou muito fã do Lázaro. Então, ao ver este livro, publicado pela editora Objetiva, foi difícil não dizer ‘eu que quero’. Na época lembro de muita gente batendo foto com o livro no rosto. Na obra o autor parece que está conversando com o leitor. A linguagem é de fácil acesso e traz suas experiências de vida de um negro que cresceu no nordeste brasileiro. Quando vemos ele em cena podemos ter a impressão que foi fácil chegar lá mas nada é tão simples assim. Fiquei angustiada várias vezes por perceber o quanto tenho uma vida de privilégios mesmo sabendo que existem mais privilegiados ainda. Não foi a primeira vez que me dei conta disso (e infelizmente tenho a impressão que não será a última) mas sempre que percebo mexe comigo e fico pensando o que posso fazer para ajudar a mudar esta situação. Pensar que a chance de eu ou meus filhos serem parados na rua e confundidos com bandidos é pequena já dá uma dimensão disso. Enfim, necessário e fantástico… e agora, relendo para este post me dei conta que ele falou de um livro que eu li este ano e será a próxima sugestão.
O olho mais azul (Tony Morrison): um dos livros mais impactantes que já li. A autora foi uma das principais ativistas dos Estados Unidos, faleceu em 2019. O livro, publicado pela Companhia das Letras, conta a história da pequena Pecola e sua busca por um olho mais azul pois o que ela percebia era que tendo um olho mais azul sua vida seria feliz. Já escrevi sobre ele aqui .
O longo caminho para a liberdade (Nelson Mandela): Inspirador é a palavra para este livro. Longo mas fascinante. É uma autobiografia deste grande líder que lutou pelo fim do Apartheid em seu país. Suas lições valem como exemplo na busca de uma sociedade menos desigual. Foi publicado pela editora Nossa Cultura. Também já escrevi sobre ele.
Americanah (Chimamanda Ngozi Adichie): Ifemelu, uma jovem nigeriana, vai cursar universidade nos Estados Unidos na década de 1990 período em que seu país atravessa tempos difíceis. Nos Estados Unidos ela passa por situações bem difíceis e faz sucesso escrevendo em um blog sobre as dificuldades que enfrenta por ser negra. Sou bem suspeita para falar porque gosto muito dos textos da Chimamanda (aqui já falei de No seu pescoço). Na foto estou fazendo uma promessa: ler Meio sol amarelo em 2020 (é a segunda promessa que faço em público para o ano que vem). Todos eles foram publicados pela Companhia das Letras.
Também os brancos sabem dançar: Esse livro é demais! Digo isso porque eu poucas vezes li um livro tão musical (tive vontade de dançar em várias partes dele), alegre e denso (já falei sobre ele aqui). Ele toca em pontos fundamentais para os dias de hoje como migrações, xenofobia, racismo. A obra, publicada pela editora Todavia, aponta para o fato de que, por mais que algumas pessoas queiram, não há sociedade em que a cultura seja pura, intocada. Então o que vamos fazer com isso?
Para as crianças também existem leituras lindas para refletirmos n este mês (e sempre):
Obax (André Neves): com ilustrações belíssimas esta obra apresenta uma história africana sobre uma menina, Obax, que sonhava com o dia em que choveria flores. Uma publicação da Brinque-book.
Sulwe (Lupita Nyong’o): Muitas conversas podem surgir deste livro que é lindo! Uma menina que não gosta de sua aparência porque todos riem dela ou a deixam de lado.Como explicar isso para uma criança? Publicado pela editora Rocco pequenos leitores.
O caderno de rimas do João e o Caderno sem rimas da Maria: são dois livros do Lázaro Ramos produzidos junto com e para seus filhos e editado pela editora Pallas. Neles palavras como amizade e amor são explicados de um jeito bem divertido e que toca adultos e crianças.
Amoras (Emicida): Um livro para plantarmos primaveras (quem disse foi Sérgio Vaz na capa de traz do livro e eu super concordo). Ele apresenta personalidades negras que lutaram por um mundo melhor. A obra, publicada pela Companhia das Letrinhas, tem um glossário que explica melhor termos e traz um pouquinho mais da vida das pessoas citadas no texto. Tudo de uma maneira muito divertida.
A vida não me assusta (Maya Angelou): Este livro é uma poema desta autora fantástica que é Maya. Ele foi publicado pela Darkeside books, e questiona o que te dá medo nessa vida? É lindo! E se os adultos tiverem vontade de ler Maya Angelou já escrevi sobre um deles aqui.
Comentários
Postar um comentário