Todo livro é um desafio mas acho que livros que tratam de culturas tão diferentes da nossa nos proporcionam um desafio a mais tendo em vista que temos que, para entrar na história, compreender a lógica daquela sociedade. Especialmente com relação a este livro isso quer dizer compreender a relação com o sagrado, com a natureza além de sua estrutura de normas e leis. Compreendido isso é refletir e ter um olhar de empatia para aquela comunidade que viu tudo o que conhecia e sabia ser retirado de si de maneira violenta, mesmo que nem sempre seja uma violência física.
Ao mesmo tempo mostra que há a possibilidade de construir pontes ao invés de muros. Mas para isso não se deve calar o outro e afirmar que só o que está sendo apresentado é o certo, desconsiderando tudo o que o outro sente e sabe. Não é a toa que Mandela disse que Chinua Achebe é“ um escritor capaz de derrubar prisões e muros”.
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