
O primeiro capítulo, O sotaque britânico, na economia e no
futebol, dá um panorama do que era o Brasil quando, no final do século XIX, o
futebol chegou em terras tupiniquins e a força que a Inglaterra tinha por aqui
nesse momento. Depois disso, os capítulos são divididos por décadas até chegar
ao ano do penta. A obra tem pouco mais de 250 páginas que eu li bem rápido
porque é muito legal! Cheio de curiosidades e relações muito interessantes do
futebol no mundo e do Brasil nesse
contexto. Durante a leitura passei a admirar ainda mais alguns atletas e a compreender outros e, de certa forma, também admirá-los.
O livro conversa com muitas outras obras, Nelson Rodrigues e Lima Barreto
são apenas dois deles, que não precisam ter sido lidas mas dá vontade de fazer
delas obras de cabeceira, pelo menos para quem se interessa pelo tema.
A leitura dessa obra foi ótima para uma reflexão pessoal
sobre como nos formamos como nação. A forma como tratamos o futebol, de uma
maneira geral, reflete um pouco de como a sociedade brasileira se vê. O livro
trata um pouco disso , e a minha experiência estudando o tema também me fez ver
isso: muita gente não bota fé no esporte, e no futebol de uma maneira geral.
Mas nas quatro linhas está apresentado o microcosmos da sociedade brasileira
com todos os nossos preconceitos, anseios, lutas...
Como é apresentado já na introdução do livro: “O que este
livro mostra é que o futebol, (...), não é um mundo à parte, não é uma espécie
de ‘Brasil paralelo’. É pura construção histórica, gerado como parte
indissociável dos desdobramentos da vida política e econômica do Brasil. O
futebol, se lido corretamente, consegue explicar o Brasil” (GUTERMAN, 2009,
p.9). Então, para os que fizerem do
campeonato mundial que se inicia uma oportunidade para compreender a relação do
futebol com nosso país desejo boa leitura.
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