Ufa! Afinal, tempo para escrever sobre a última obra lida. Não a mais ficcional de todas mas por vezes a vontade que eu tinha era de estar em um romance de ficção científica dos mais barras pesados, porque eu até poderia levar para a realidade mas seria apenas uma ficção. Mas não foi o que aconteceu. Não foi mesmo. A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord (Contraponto) só não foi mais real porque faltou espaço e de tão real dava um grande nervoso.
O livro trata da sociedade em que vivemos. Só que ele escreveu na década de 60, mais precisamente 1967. É impressionante a atualidade e a forma como a mídia parece se utilizar da obra do francês para produzir tudo o que é veiculado. A orelha da edição que eu li tem a seguinte citação que a meu ver diz tudo o que é necessário para a ocasião: “quanto mais o tempo passa, mais atual se torna este texto, pois, como disse Jean-Jacques Pauvert, ‘ele não antecipou 1968, antecipou o século XXI’”.
O livro é dividido em teses e cada uma é uma ‘porrada no estômago’. É estranho querer se ver fora de um sistema em que é simplesmente impossível estar fora (pelo menos eu me sinto impossibilitada de). Pelo menos agora estou um pouco mais consciente disto.
Li porque 1) fazia tempo que queria; 2) era necessário para a aula. Dele partiu uma ótima discussão na aula da professora Heloísa (e um pequeno texto no futebol de saias).
Debord, como ele próprio disse, pode se “gabar de ser um raro exemplo contemporâneo de alguém que escreveu sem ser imediatamente desmentido pelos acontecimentos. Não estou me referindo a ser desmentindo cem ou mil vezes, como os outros, mas a nem uma única vez. Não duvido que a confirmação encontrada por todas as minhas teses continue até o fim do século, e além dele”. Nossa, até nisso ele teve razão!
Guy Debord morreu em 1994, segundo informações, foi uma escolha dele. Talvez suas observações tenham lhe dado uma visão nada legal da sociedade e de seu (nosso) papel na sociedade.
É isso. Talvez os próximos textos sejam mais pesados que os outros e talvez demorem um pouco mais para serem publicados. Desde já gostaria de pedir desculpas para os que entram aqui procurando ficção mas neste momento preciso colocar a angustia de algumas teorias para fora.
O livro trata da sociedade em que vivemos. Só que ele escreveu na década de 60, mais precisamente 1967. É impressionante a atualidade e a forma como a mídia parece se utilizar da obra do francês para produzir tudo o que é veiculado. A orelha da edição que eu li tem a seguinte citação que a meu ver diz tudo o que é necessário para a ocasião: “quanto mais o tempo passa, mais atual se torna este texto, pois, como disse Jean-Jacques Pauvert, ‘ele não antecipou 1968, antecipou o século XXI’”.
O livro é dividido em teses e cada uma é uma ‘porrada no estômago’. É estranho querer se ver fora de um sistema em que é simplesmente impossível estar fora (pelo menos eu me sinto impossibilitada de). Pelo menos agora estou um pouco mais consciente disto.
Li porque 1) fazia tempo que queria; 2) era necessário para a aula. Dele partiu uma ótima discussão na aula da professora Heloísa (e um pequeno texto no futebol de saias).
Debord, como ele próprio disse, pode se “gabar de ser um raro exemplo contemporâneo de alguém que escreveu sem ser imediatamente desmentido pelos acontecimentos. Não estou me referindo a ser desmentindo cem ou mil vezes, como os outros, mas a nem uma única vez. Não duvido que a confirmação encontrada por todas as minhas teses continue até o fim do século, e além dele”. Nossa, até nisso ele teve razão!
Guy Debord morreu em 1994, segundo informações, foi uma escolha dele. Talvez suas observações tenham lhe dado uma visão nada legal da sociedade e de seu (nosso) papel na sociedade.
É isso. Talvez os próximos textos sejam mais pesados que os outros e talvez demorem um pouco mais para serem publicados. Desde já gostaria de pedir desculpas para os que entram aqui procurando ficção mas neste momento preciso colocar a angustia de algumas teorias para fora.
Só pelo título do livro, já me interessei pela leitura.
ResponderExcluirEu admiro muito a narrativa desses visionários (Huxley, Orwell) e me assusto com elas, com a verdade e a previsão que carregam. Fico boquiaberta em como um livro escrito há 50, 60 anos, um século atrás, pode ser tão atual, pode se encaixar direitinho no cotidiano da sociedade.
A sensação ao final dessas leituras é como você descreveu: angústia e impotência.
Mas vou procurar esse livro (masoquismo??), parece ser muito bom.
Abraços,
Acho que Deus (creio q exista) não revela o futuro a ninguem,mas escolhes alguns e os capacita de tal modo a seguirem uma linha de raciocinio visionario que nos fazem ter uma noção de como serão..estarão as coisas la na frente.Mas essas previsões la de tras ja estamos vivendo,precisamos tambem nos dar conta do que esta sendo escrito agora pq esta cada vez mais previsivel o futuro.
ResponderExcluirQue sua angustia não seja em vão!
Tenho aprendido...valeu!
Rudfla..sempre!!!!!!!!!!!
Lady Murphy e Rudfla o livro é realmente muito bom! É na verdde uma observação da sociedade da década de 60 e 70 mas que já mostravam as questões que estamos vivendo agora. Impressionante! Um abraço e venham sempre.
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