
Raízes do Brasil me foi apresentado, assim pessoalmente, na faculdade de História por um dos grandes professores com quem tive a honra e o orgulho de aprender muito: professor Claudio Paz. Foi só um texto, um capítulo, para um trabalho. AMEI! Vocês não têm noção como fiquei louca para ler este livro. Mas é aquele tal negócio: sempre tem um mais urgente. Ai, terminei o curso e comprei o livro. Quando estava no final da gravidez comecei a ler e quando o bebê chegou era ele que eu estava lendo. Era engraçado, porque antes de dormir eu sempre pegava o livro para ler e lia alto e o pequeno prestava atenção (claro que não por mais de uma página). Mas posso dizer que foi a primeira historinha que ele ouviu. Quem via se matava de rir com a cena.
Mas vamos ao livro.
Ele é realmente extraordinário. EU lia e dizia: “sabe que é verdade!” Ou “Ah, ta, agora entendi!”. Nele nos vemos (pelo menos eu me vi). É muito interessante as relações que Sérgio Buarque de Holanda faz. Ele mostra que realmente a História não é só uma matéria que estudamos na escola ela é a fotografia da sociedade e por causa disso não se restringe as grandes decisões políticas (elas são apenas o ponto que parece ser o final).

Quer ver uma coisa que nunca tinha me dado conta? A sociedade do açúcar é uma sociedade essencialmente agrária já na do café vemos um Brasil mais urbano. Na primeira cultura a cidade aparecia apenas como um complemento do meio rural. Com o café as cidades “proclamaram finalmente sua vida própria e sua primazia” (p. 172). Isso dá para ver em novelas e filmes, mas nunca ninguém nos deixou claro isso e vamos dizer que, mesmo para alguns estudantes de história – e eu me incluo aqui – esta relação nem sempre é possível.
O capítulo que li na aula mesmo foi muito bom! O semeador e o Ladrilhador. Nossa como vemos esta influência nas nossas cidades! Como ainda somos tão ligados a tudo isso que nos deixara! E não adianta dizer que são apenas os que estão diretamente ligados aos antepassados portugueses, africanos e indígenas não. Somos todos nós, todos os brasileiros.
Eu já sabia, e na verdade todos os brasileiros conscientes de seu papel neste país maravilhoso sabem disso: precisamos nos conhecer, nos entender mais. Só assim podemos melhorar.
P.S: Achei nas minhas pesquisas um site que parece bem legal que fala de Sergio e Chico Buarque (pai e filho) e que os coloca como intérpretes do Brasil. Não li todo, mas acho que vale a pena uma olhadinha.
Este é um dos livros que está na minha lista de desejos, kkk. Sabe que eu já fiquei várias vezes com ele nas mãos e não comprei? Sempre fica para a próxima, porque esta obra é uma ótima pedida.
ResponderExcluirHá um outro autor que também fala da história do Brasil e é ótimo: Caio Prado Jr. A visão dele é marxista, ou seja, puxa para o viés econômico, mas é bastante esclarecedor sobre as condições atuais do Brasil.
Em quantos livros está a sua lista de "Esse eu ainda vou ler?"
bj
Oi História do Cotidiano. Não tenho nada do Caio Prado Júnior. Mas vai para a lista. Lembra de como apresentamos o Raízes do Brasil? O grupo fala, mas neste primeiro momento Amanda e Claudia não falam...hehhehehehhehehe
ResponderExcluirA lista dos "Esse eu ainda vou ler" sinceramente eu não conto. Cada agenda, cada bloquinho tem uma lista deles e a minha estante está repleta de 'aguardando' também.
Um abraço e volte sempre.