O caminho de casa

A capa do livro O caminho de casa tem cor predominante laranja, vermelha e azul com estampa com linha reta formando triângulos e losangulos. Na base da capa há a imagem do rosto de uma mulher negra de cabelos curtos com os ombros descobertos..Duas irmãs separadas ainda pequenas em condições difíceis e que só compreendemos ao longo do livro. As duas têm destinos diferentes mas marcados por uma mesma questão. Effia é vendida pelos pais para um colonizador branco, James, e vive como sua ‘esposa’ em terras africanas. Já Esi é encarcerada e levada para a América como escrava. Alternando a histórias dos descendentes das duas irmãs Yaa Gyasi nos conta uma história que deixa lacunas. Lacunas que de várias maneiras foram deixadas na História.

No começo do livro , depois que a mãe foge em meio a uma plantação em chamas, o pai de uma delas “soube que a lembrança do fogo que queimou e depois fugiu atormentaria a ele, aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos por todo o tempo que sua linhagem perdurasse” (p. 13). Este fogo é a escravidão. Mesmo tendo vidas tão diferentes esta questão social vai se fazer presente na vida de sete gerações das duas irmãs.

Os capítulos vão alternando descendentes de Effia e Esi. Enquanto isso eu ia torcendo para que eles se encontrassem e, de alguma forma, percebessem seus laços familiares/de sangue. Eu torcia mas tinha certeza que não aconteceria. Nessa trajetória a violência que as personagens vão sofrendo vão se modificando mas todas doem.

Me emocionei muito lendo este livro apesar de chorar pouco (porque eu choro depois de ler, especialmente quando falo do livro mas raramente quando leio). É o tipo de leitura mais que necessária para todos.

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