Três autoras que tratam de guerras

Se você começou a ler este post imaginando que vou tratar de livros que explicam conflitos de maneira teórico já começo dizendo que não é bem este o caminho do texto que será apresentado. O fato é que existem muitas histórias de ficção que são contextualizadas em guerras. Estas narrativas muitas vezes poderiam ter feito parte realmente destes conflitos mas como são textos ficcionais nunca saberemos se aconteceu de verdade. Mas entrar em contato com vidas vividas em contextos tão extremos como uma guerra nos fazem parar para pensar muito. Então vamos as três autoras que eu li e que eu adorei (algumas outras com a mesma temática ou ainda estão esperando para serem lidas ou estão em outra lista neste mês de março de 2020).

Geraldine Brooks: autora do livro As memórias do livro, que eu li em 2019. Esta obra, vencedora do Pulitzer de ficção conta a história de um livro: o Manuscrito de Sarajevo. Este personagem tão inusitado passou por diversos conflitos em sua vida  posto que tem centenas de anos. O leitor passa pela perseguição aos judeus na Península Ibérica, Segunda Guerra Mundial e a Guerra de Sarajevo, para dar apenas alguns exemplos.

María Dueñas: O primeiro livro que li desta autora espanhola foi O tempo entre costuras. A obra se passa em meio a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Civil Espanhola. A personagem principal desta obra é uma costureira que depois de passar por poucas e boas torna-se espiã durante o conflito mundial. É um livro cheio de aventura, suspense e romance. Esta obra foi adaptada para a TV (tem série) e eu gostei bastante da produção.

Kimberly Brubaker Bradley: Comecei a ler A guerra que salvou minha vida  para fugir da angústia que sentia ao ler Hibisco Roxo e acabei lendo dois livros que me angustiaram conjuntamente. A obra junto com sua continuação - A guerra que me ensinou a viver - conta uma história que era muito comum durante a Segunda Guerra Mundial mas que nem sempre ouvimos falar. São crianças que são levadas para regiões em que a probabilidade de bombardeios é menor. Elas vão sem os pais mas as famílias que as recebe costuma ganhar alguma ajuda de custo por parte do governo (uma história semelhante com o começo de A menina que roubava livros). No caso dos livro de Kimberly a personagem principal, Ada, sofre muito com a falta de afeto (e mau tratos) da mãe e sabendo que seu irmão, Jamie, vai para o interior ela decide ir também. Tomar esta decisão não é exatamente a mais fácil pois Ada tem uma deformidade no pé que lhe dificulta muito a locomoção. Mas é sem dúvida uma bela história de superação. Muito sensível.

Observação: quem fez a foto do livro O tempo entre costuras foi uma querida amiga: Júlia Hahn. Obrigada Júlia.

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