
Já havia visto algumas coisas que apresentam a vida desta grande pintora do século XX mas o que mais havia me tocado até agora era o filme. Assim como no filme, no livro Frida é uma mulher intensa. Que dentro dos limites que a saúde lhe permitia ( o que quer dizer que nem sempre isso foi um problema) ela viveu intensamente. Mesmo quando não era famosa pouco ficou a sombra de seu marido. Com ele aprendeu mas a partir disso criou sua própria forma de fazer arte. E por falar no casamento... Lembro de ver achar que a pintora mexicana era uma mulher muito à frente do seu tempo mas ao mesmo tempo de ter ficado com muita raiva de Diego Rivera, marido e grande amor de Frida. Achava ele insuportável e não entendia porque ela continuava com ele. Aqui acho que Hayden Herrera foi muito sensível ao mostrar os motivos que fizeram com que o casal se mantivesse junto, mesmo quando se separou, e tenham se casado duas vezes.
Assim como Frida aquele amor estava deslocado do tempo em que aconteceu. Vejam bem, não quero dizer que foi fácil viver aquilo tudo, muito menos que viveria aquele jeito de amor, mas acho que talvez se ele tivesse acontecido em outro tempo tivesse sido diferente. Às vezes o nosso amadurecimento junto com as habilidades de quem se propõe a escrever uma obra como esta nos ajudam a pensar não com a nossa cabeça, o nosso olhar, mas a partir do modo de vida do outro que está sendo apresentado. Adoro quando isso acontece.
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