Uma migrante com documentos irregulares chega no Reino Unido, vinda da Nigéria em guerra pelo petróleo. Pequena Abelha, um nome falso para Udo, porque viu muitas coisas em sua aldeia que não poderiam ser ditas, é solta por ‘engano’, mas, sem documento, continua sendo ilegal. Ela conhece apenas duas pessoas no Reino Unido, Sarah e Andrew, que visitaram a Nigéria e compartilharam com ela coisas que vamos descobrir ao longo da história. É basicamente em torno desses três personagens que a história, escrita por Chris Cleave e publicada pela Editora Intrínseca, se desenrola. Na contracapa lê-se: “Esta é a história de duas mulheres cujas vidas se chocam num dia fatídico. Então, uma delas precisa tomar uma decisão terrível, daquelas que, esperamos, você nunca tenha de enfrentar”.
Comprei esse livro por indicação da vendedora da livraria. Ela me disse que estava sendo muito comentado, na época - uns três anos atrás -, mas eu não conhecia. A capa também chamou minha atenção, mas ele não foi lido de imediato, aliás, eu quase o doei algumas vezes. Ele vinha e voltava da minha mão. Em 2018, decidi que, se não o lesse naquele ano, ele iria para as prateleiras de uma biblioteca. Mas foi só em janeiro de 2019 que ele foi lido efetivamente. Não é um livro fácil. Não porque a escrita seja complexa, mas porque a temática, tão atual, machuca. Dói imaginar que tanta gente ainda passa por tudo aquilo que o livro narra. E essa dor não me permitiu chorar em muitos momentos que eu tenho certeza que eu choraria. Momentos que, relendo agora para escrever este texto, me enchem os olhos de lágrimas.
A contracapa também diz que, depois de lê-lo vamos querer comentar com os amigos, mas recomenda que não contemos o que acontece. Então, vou parar por aqui. As lágrimas estão aparecendo...
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