A longa caminhada até a liberdade - Nelson Mandela

Era uma quarta-feira à tarde. Entre um trabalho e outro, olhei para a prateleira das biografias e lá estava Nelson Mandela. Mais uma vez, peguei o livro e folheei. Parei em algumas páginas e li trechos cuidadosamente sublinhados: são inspiradores!

Naquela quarta-feira, 9 de maio de 2018, à noite, me dei conta de que fazia 24 anos que Mandela se tornara o primeiro presidente negro da África do Sul. Lembrar disso, somado ao que havia lido à tarde, me levou a voltar a esse espaço. Como convém a esse blog não vou contar todo o livro: as quase 800 páginas trazem memórias e explicações que são encantadores e revelam com delicadeza e muito sentimento, parte das barbaridades vividas pela humanidade no século XX.

Cheguei à obra por uma admiração que vem de longe. Mandela foi tema do meu primeiro trabalho acadêmico e eu estava na quinta ou sexta série, quando ele visitou pela primeira vez o Brasil. Acompanhei pela TV e pelos jornais. Com Mandela, naquele momento, aprendi a fazer resumo, citação e diagramação juntando texto e imagem nas folhas de papel almaço. Tudo escrito à mão.

Depois disso foram filmes, documentários, entrevistas… Mandela aparecia e eu parava para vê-lo. Sempre tinha o que aprender com ele. Na Copa da África do Sul, diante de sua imagem, falei para um amigo: “queria poder parar do lado dele um tempo… só para ouvir”. Depois disso, em dezembro de 2013, Mandela morreu e eu chorei.

Ler esse livro foi como poder ouvir o que ele tinha para me contar. Chorei com tanta injustiça, choro por saber que ainda hoje ela se repete em tantos lugares. Li para amigos e familiares vários trechos e ainda recorro a ele para me aconselhar, para me inspirar.

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