Eu sei, não precisa falar: Raízes do Brasil (Companhia das Letras) de Sérgio Buarque de Holanda é um dos clássicos que nos explicam e por isso devíamos ler na adolescência (nossa peguei pesado agora). Isso, como já disse, eu sei o negócio é que mesmo sabendo eu não li assim cedo, até quis, mas não consegui, ainda, bater uma meta estabelecida por mim mesmo no final de 1998, para ler alguns clássicos (entre eles a obra aqui citada).
Raízes do Brasil me foi apresentado, assim pessoalmente, na faculdade de História por um dos grandes professores com quem tive a honra e o orgulho de aprender muito: professor Claudio Paz. Foi só um texto, um capítulo, para um trabalho. AMEI! Vocês não têm noção como fiquei louca para ler este livro. Mas é aquele tal negócio: sempre tem um mais urgente. Ai, terminei o curso e comprei o livro. Quando estava no final da gravidez comecei a ler e quando o bebê chegou era ele que eu estava lendo. Era engraçado, porque antes de dormir eu sempre pegava o livro para ler e lia alto e o pequeno prestava atenção (claro que não por mais de uma página). Mas posso dizer que foi a primeira historinha que ele ouviu. Quem via se matava de rir com a cena.
Mas vamos ao livro.
Ele é realmente extraordinário. EU lia e dizia: “sabe que é verdade!” Ou “Ah, ta, agora entendi!”. Nele nos vemos (pelo menos eu me vi). É muito interessante as relações que Sérgio Buarque de Holanda faz. Ele mostra que realmente a História não é só uma matéria que estudamos na escola ela é a fotografia da sociedade e por causa disso não se restringe as grandes decisões políticas (elas são apenas o ponto que parece ser o final).
Quer ver uma coisa que nunca tinha me dado conta? A sociedade do açúcar é uma sociedade essencialmente agrária já na do café vemos um Brasil mais urbano. Na primeira cultura a cidade aparecia apenas como um complemento do meio rural. Com o café as cidades “proclamaram finalmente sua vida própria e sua primazia” (p. 172). Isso dá para ver em novelas e filmes, mas nunca ninguém nos deixou claro isso e vamos dizer que, mesmo para alguns estudantes de história – e eu me incluo aqui – esta relação nem sempre é possível.
Eu já sabia, e na verdade todos os brasileiros conscientes de seu papel neste país maravilhoso sabem disso: precisamos nos conhecer, nos entender mais. Só assim podemos melhorar.
Raízes do Brasil me foi apresentado, assim pessoalmente, na faculdade de História por um dos grandes professores com quem tive a honra e o orgulho de aprender muito: professor Claudio Paz. Foi só um texto, um capítulo, para um trabalho. AMEI! Vocês não têm noção como fiquei louca para ler este livro. Mas é aquele tal negócio: sempre tem um mais urgente. Ai, terminei o curso e comprei o livro. Quando estava no final da gravidez comecei a ler e quando o bebê chegou era ele que eu estava lendo. Era engraçado, porque antes de dormir eu sempre pegava o livro para ler e lia alto e o pequeno prestava atenção (claro que não por mais de uma página). Mas posso dizer que foi a primeira historinha que ele ouviu. Quem via se matava de rir com a cena.
Mas vamos ao livro.
Ele é realmente extraordinário. EU lia e dizia: “sabe que é verdade!” Ou “Ah, ta, agora entendi!”. Nele nos vemos (pelo menos eu me vi). É muito interessante as relações que Sérgio Buarque de Holanda faz. Ele mostra que realmente a História não é só uma matéria que estudamos na escola ela é a fotografia da sociedade e por causa disso não se restringe as grandes decisões políticas (elas são apenas o ponto que parece ser o final).
Quer ver uma coisa que nunca tinha me dado conta? A sociedade do açúcar é uma sociedade essencialmente agrária já na do café vemos um Brasil mais urbano. Na primeira cultura a cidade aparecia apenas como um complemento do meio rural. Com o café as cidades “proclamaram finalmente sua vida própria e sua primazia” (p. 172). Isso dá para ver em novelas e filmes, mas nunca ninguém nos deixou claro isso e vamos dizer que, mesmo para alguns estudantes de história – e eu me incluo aqui – esta relação nem sempre é possível.
O capítulo que li na aula mesmo foi muito bom! O semeador e o Ladrilhador. Nossa como vemos esta influência nas nossas cidades! Como ainda somos tão ligados a tudo isso que nos deixara! E não adianta dizer que são apenas os que estão diretamente ligados aos antepassados portugueses, africanos e indígenas não. Somos todos nós, todos os brasileiros.
Eu já sabia, e na verdade todos os brasileiros conscientes de seu papel neste país maravilhoso sabem disso: precisamos nos conhecer, nos entender mais. Só assim podemos melhorar.
P.S: Achei nas minhas pesquisas um site que parece bem legal que fala de Sergio e Chico Buarque (pai e filho) e que os coloca como intérpretes do Brasil. Não li todo, mas acho que vale a pena uma olhadinha.
Este é um dos livros que está na minha lista de desejos, kkk. Sabe que eu já fiquei várias vezes com ele nas mãos e não comprei? Sempre fica para a próxima, porque esta obra é uma ótima pedida.
ResponderExcluirHá um outro autor que também fala da história do Brasil e é ótimo: Caio Prado Jr. A visão dele é marxista, ou seja, puxa para o viés econômico, mas é bastante esclarecedor sobre as condições atuais do Brasil.
Em quantos livros está a sua lista de "Esse eu ainda vou ler?"
bj
Oi História do Cotidiano. Não tenho nada do Caio Prado Júnior. Mas vai para a lista. Lembra de como apresentamos o Raízes do Brasil? O grupo fala, mas neste primeiro momento Amanda e Claudia não falam...hehhehehehhehehe
ResponderExcluirA lista dos "Esse eu ainda vou ler" sinceramente eu não conto. Cada agenda, cada bloquinho tem uma lista deles e a minha estante está repleta de 'aguardando' também.
Um abraço e volte sempre.