O dia nacional do livro infantil é só no dia 18 de abril, mas estava louca para colocar este post. Adorei estes livros e, claro, recomendo.
No post anterior falei sobre o O pequeno príncipe. Logo em seguida escrevi este, por isso começa desta forma:
Saindo dos autores internacionais em 2009 passei pelos nacionais também. Afinal de contas a literatura infantil brasileira é muito boa. Li O gato Malhado e a andorinha Sinhá (Companhia das Letrinhas), de Jorge Amado. Sim, ele tem obras dedicadas aos pequenos (na última viagem para a Bahia descobri que são três. Tem também A Ratinha Branca de Pé-de-Vento e A Bagagem de Otália, também da Companhia das Letrinhas, e que ainda não está na minha prateleira) ou, como disse Tatiana Belinky no posfácio do livro “para crianças excepcionalmente inteligentes de todas as idades”. O livro foi escrito para o seu filho, João Jorge, quando este tinha um ano de idade e o autor baiano não queria que fosse publicado. O pequeno encontrou os escritos do pai anos mais tarde. Organizou e pediu para o artista plástico e amigo da família Carybé ilustrar. Depois de convencer o pai o livro foi publicado. Adorei ter lido este livro por uma série de motivos: 1) Trata de um amor impossível, quase um Romeu e Julieta dos bichos e no meio disso tudo fala de amor, preconceito, respeito as diferenças e educação. Como todo livro infantil de maneira muito fantasiosa; 2) Tem palavras diferentes que podem melhorar e muito o vocabulário de crianças e adultos; 3) Descobri, no texto de João Jorge, depois do posfácil, que a Zélia Gatai herdou da mãe, Angelina (coincidência, nome da minha bisavó), o hábito de guardar tudo (e isso se parece muito comigo!) e foi por conta desta mania que o livro ficou guardado e foi encontrado por João Jorge: “quem tem, procura e acha”, palavras de dona Angelina (a sogra de Jorge Amado). Aliás, no texto que João Jorge escreveu aparecem raridades como a certidão de batismo dele. O batizado foi feito em um quarto de hotel de Paris no dia 8 de maio de 1949, além da certidão tem também um desenho que registra a noite em que a cerimônia aconteceu. Estou louca para contar esta historinha para o meu pequeno!
A história foi escrita em Paris, em 1948. A primeira edição foi publicada em 1976. Acho que todos os livros de Jorge Amado devem ser assim: envolventes. Não dá vontade de parar de ler O gato Malhado e a andorinha Sinhá. Deve ser por isso que Jorge Amado foi durante muito tempo o escritor brasileiro mais lido no exterior, membro da Academia Brasileira de Letras... uma referência.
Nunca havia lido Jorge Amado. Suas histórias eu só conhecia das adaptações para a televisão. Este livro chegou em nossas prateleiras porque meu marido, baiano e apaixonado por literatura, resolveu fazer a coleção de Jorge Amado (temos até uma lista, olha elas novamente em minha vida, para não correr o risco de comprar repetidas). Ela não estava a venda nas bancas mas sempre que encontrava uma obra do conterrâneo ele comprava. E ai encontrou as duas raridades para o público menor.
Pois é, eu disse que Jorge Amado tem duas obras para o público infanto-juvenil. O outro é A bola e o goleiro (Companhia das Letrinhas). Que já está devidamente lido. Este é mais um caso de amor impossível: a bola se apaixona pelo goleiro e vice-versa. Ele é divertido e envolvente (estou me repetindo). E além de uma série de valores que traz, que eu nem sei se o autor queria passar mesmo (pode ser coisa da minha cabeça!) ele fala da relação de carinho que a maioria dos brasileiros tem por este objeto sem lados que é a bola. Em ano de Copa do Mundo (eu li em 2009, mas este texto está sendo escrito em 2010 = Copa da África do Sul) essa paixão fica mais acesa, digamos assim. Tempos atrás eu diria que o brasileiro é apaixonado somente pela bola de futebol, hoje já posso dizer que, apesar de ser ainda campeão, a bola de futebol ganhou companheiros como o vôlei e o basquete. O goleiro, bem o goleiro pode ser um ser iluminado ou não. Depende do time em que se joga ele pode estar apaixonado pela bola ou não.
Muito provavelmente foi a paixão pelo futebol que fez Jorge Amado escrever um texto tão legal sobre esta paixão entre a bola Fura-Redes e o goleiro Cerca-Frango. Ah, os desenhos são de Kiko Farkas e são muito legais e divertidos!
Depois de tantos livros infantis resolvi ler Jorge Amado para adultos, mas esta é uma outra história.
No post anterior falei sobre o O pequeno príncipe. Logo em seguida escrevi este, por isso começa desta forma:
Saindo dos autores internacionais em 2009 passei pelos nacionais também. Afinal de contas a literatura infantil brasileira é muito boa. Li O gato Malhado e a andorinha Sinhá (Companhia das Letrinhas), de Jorge Amado. Sim, ele tem obras dedicadas aos pequenos (na última viagem para a Bahia descobri que são três. Tem também A Ratinha Branca de Pé-de-Vento e A Bagagem de Otália, também da Companhia das Letrinhas, e que ainda não está na minha prateleira) ou, como disse Tatiana Belinky no posfácio do livro “para crianças excepcionalmente inteligentes de todas as idades”. O livro foi escrito para o seu filho, João Jorge, quando este tinha um ano de idade e o autor baiano não queria que fosse publicado. O pequeno encontrou os escritos do pai anos mais tarde. Organizou e pediu para o artista plástico e amigo da família Carybé ilustrar. Depois de convencer o pai o livro foi publicado. Adorei ter lido este livro por uma série de motivos: 1) Trata de um amor impossível, quase um Romeu e Julieta dos bichos e no meio disso tudo fala de amor, preconceito, respeito as diferenças e educação. Como todo livro infantil de maneira muito fantasiosa; 2) Tem palavras diferentes que podem melhorar e muito o vocabulário de crianças e adultos; 3) Descobri, no texto de João Jorge, depois do posfácil, que a Zélia Gatai herdou da mãe, Angelina (coincidência, nome da minha bisavó), o hábito de guardar tudo (e isso se parece muito comigo!) e foi por conta desta mania que o livro ficou guardado e foi encontrado por João Jorge: “quem tem, procura e acha”, palavras de dona Angelina (a sogra de Jorge Amado). Aliás, no texto que João Jorge escreveu aparecem raridades como a certidão de batismo dele. O batizado foi feito em um quarto de hotel de Paris no dia 8 de maio de 1949, além da certidão tem também um desenho que registra a noite em que a cerimônia aconteceu. Estou louca para contar esta historinha para o meu pequeno!
A história foi escrita em Paris, em 1948. A primeira edição foi publicada em 1976. Acho que todos os livros de Jorge Amado devem ser assim: envolventes. Não dá vontade de parar de ler O gato Malhado e a andorinha Sinhá. Deve ser por isso que Jorge Amado foi durante muito tempo o escritor brasileiro mais lido no exterior, membro da Academia Brasileira de Letras... uma referência.
Nunca havia lido Jorge Amado. Suas histórias eu só conhecia das adaptações para a televisão. Este livro chegou em nossas prateleiras porque meu marido, baiano e apaixonado por literatura, resolveu fazer a coleção de Jorge Amado (temos até uma lista, olha elas novamente em minha vida, para não correr o risco de comprar repetidas). Ela não estava a venda nas bancas mas sempre que encontrava uma obra do conterrâneo ele comprava. E ai encontrou as duas raridades para o público menor.
Pois é, eu disse que Jorge Amado tem duas obras para o público infanto-juvenil. O outro é A bola e o goleiro (Companhia das Letrinhas). Que já está devidamente lido. Este é mais um caso de amor impossível: a bola se apaixona pelo goleiro e vice-versa. Ele é divertido e envolvente (estou me repetindo). E além de uma série de valores que traz, que eu nem sei se o autor queria passar mesmo (pode ser coisa da minha cabeça!) ele fala da relação de carinho que a maioria dos brasileiros tem por este objeto sem lados que é a bola. Em ano de Copa do Mundo (eu li em 2009, mas este texto está sendo escrito em 2010 = Copa da África do Sul) essa paixão fica mais acesa, digamos assim. Tempos atrás eu diria que o brasileiro é apaixonado somente pela bola de futebol, hoje já posso dizer que, apesar de ser ainda campeão, a bola de futebol ganhou companheiros como o vôlei e o basquete. O goleiro, bem o goleiro pode ser um ser iluminado ou não. Depende do time em que se joga ele pode estar apaixonado pela bola ou não.
Muito provavelmente foi a paixão pelo futebol que fez Jorge Amado escrever um texto tão legal sobre esta paixão entre a bola Fura-Redes e o goleiro Cerca-Frango. Ah, os desenhos são de Kiko Farkas e são muito legais e divertidos!
Depois de tantos livros infantis resolvi ler Jorge Amado para adultos, mas esta é uma outra história.
Ahhhh que fofo ...O gato malhado foi o segundo livrinho que eu li!
ResponderExcluirO primeiro foi Lúcia já vou indo(Maria Heloísa Penteado).
Quem dera os pais de hoje perdessem um pouquinho do seu tempo para lerem para seus filhos!
B-Jou
Nossa que legal! Minha infância também foi cheia de livros e histórias. Espero conseguir fazer isso com meu pequeno. Lembro do Lúcia já vou indo (muito legal!). Obrigada pelo comentário e volte sempre! Um abraço
ResponderExcluirTambém só descobri esses livros depois que os direitos das obras do Jorge foram para a Companhia das Letras. Leitura obrigatória para os pequenos!
ResponderExcluirConcordo com Atitude...substantivo feminino.
Os pais não perdem tempo lendo para as crianças e ainda jogam essa responsabilidade para a escola. É lamentável!
Que bom encontrar gente que pensa como vocês duas. É que as vezes me sinto um pouco fora da casinha pensando assim... Mas eu sou brasileira e não desisto nunca, por isso acho que um bom presente para crianças é, também, um bom livro. E para dormir bem nada melhor do que uma boa história! Obrigada por aparecerem por aqui, venham sempre que puderem! Um abraço.
ResponderExcluirADORO conversar sobre livros. SEMPRE! Tenho 28 anos e as pessoas da minha geração já acham que tenho ideais de velha... Pode? A verdade é que ninguém quer ter trabalho. Educar, estimular... tudo isso dá muito trabalho. Mas tb muita compensação, né? ;) Tô adorando o blog! Vamos tricotando. Bjs
ResponderExcluirQue bom encontrar pessoas que gostam de livros como eu. Nem sempre falar sobre eles deixa as pessoas empolgadas (pelo menos não quando elas não se interessam). Tenho que concordar que as pessoas não querem ter trabalho e essa história de criar estímulos para que crianças e jovens aprendam mais e melhor quase nunca é fácil mas eu diria que é muito gostoso! Apareça sempre e vamos tricotar muito! Um forte abraço.
ResponderExcluirLER É MINHA PAIXÃO! QUE BACANA CONHECER O TEU BLOG!!! VAI SERVIR DE INSPIRAÇÃO PARA MINHAS LEITURAS! ACABEI DE LER "O CASTELO DE VIDRO". LINDO!!! VALE A PENA CONHECER ; É UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO!!!
ResponderExcluirAdriana, obrigada pela indicação (vai para mais uma de minhas listas). Que bom que gostasse do blog. Boa leitura e volte sempre! Um grande abraço.
ResponderExcluireu ameii o livro o gato Malhado e a andorinha Sinhá e muitoo bom !!! obrigada jorge amado
ResponderExcluirmitooo bom msm !!! obrigada por vc ter existido jorge amado !!!!!!
ExcluirO agradecimento é bem válido! Que bom que vocês gostaram do livro e que bom que passaram por aqui. Abraços.
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