Alice no País das Maravilhas

Na minha infância li muitos livros da Disney e não seria de estranhar que Alice fosse um deles. Me diverti muito com ele, mas só ouvi falar (e me dar conta) que existia um outro Alice, o original, digamos assim, já na faculdade (na segunda, é bom que se diga). Fiquei curiosa, mas não a ponto de procurá-lo em todos os lugares. Mas não tardou e estreou Alice nos cinemas, eu não vi ainda, mas, como quase sempre acontece, as livrarias ficaram cheias deste clássico infantil, em várias versões. Comprei uma, a da editora Cosacnaify, tradução de Nicolau Sevcenko, e corri para começar a ler. Mas a leitura não foi tão rápida como eu imaginava. Por vários motivos.

Nunca li uma viagem tão viagem na minha vida! Sério. Não que eu imaginasse que fosse diferente, afinal os personagens que eu lembrava não eram os mais normais deste mundo e também temos de concordar que o mundo infantil não é o mais regrado e o menos fantasioso que se tem notícias.

Talvez o melhor para mim tenha sido a parte final onde são apresentados os autores (Lewis Carroll, Nicolau Sevcenko e Luiz Zerbini) e o posfácio. Para mim os três deveriam estar no início por toda a explicação que dão da obra que foi lida.

Só um exemplo explicado no posfácio: por traz de toda a imaginação da história há a sátira ao mundo dos adultos (sua pompa, seriedade, preconceitos, intolerância, arrogância...). Lewis Carroll coloca de “ponta-cabeça a própria cultura vitoriana” (p. 152). Quando chega ao País das Maravilhas Alice tem de enfrentar personagens que representam um tipo ou uma instituição vitoriana.

Tem uma coisa que valeu muito a pena neste livro, além da viagem que o livro proporciona (aliás já deixa eu fazer uma pergunta para a minha professora: que livro não é literatura de viagem? Porque ler é viajar, certo? Eu sei já conversamos sobre isso em sala.): a ilustração, todas feitas com baralho. Segundo a apresentação do ilustrador, baralhos do mundo todo da coleção particular dele. É lindo!

Comentários

  1. Adorei o comentário!!!!
    Clau, um outro livro altamente "tóxico" (risos) é O Jogo do Anjo, do maravilhoso Carlos Ruiz Zafón. Estou atordoada até agora e dando, a mim mesma, inúmeras explicações para o final que o escritor catalão deu à sua trama.
    Nesse momento, estou lendo A cidade do Sol, de Khaled Rosseini, e adivinhe? Chorando horrores, claro.
    Bjoooo!!

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  2. *Khaled Hosseini (escrevi errado antes), bj!

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  3. Marília, O Jogo do Anjo está na lista de férias. Acho que é melhor dar um tempo nestas viagens. Se bem que viagem por viagem o que ando lendo é muito viajante, digamos assim.

    A cidade do Sol é lindo (dia destes faço um post sobre ele). Imagino a choradeira. Abraços e obrigada pela visita.

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